Escritório Tissot Frontin Kid

Andrentro la porte ...

Des choses incroyables se passent ici! Voici mon monde imaginaire et bonheur!

Ainda é manhã. Agora, são 10h00min. Sabe como eu sei disso? Não? Bem, mamãe e papai me ensinaram a ver ás horas. Sinto-me orgulhosa de ser tão novinha e saber ver ás horas. Eu realmente fico muito feliz. Mas, estou aprendendo aos pouquinhos o alfabeto e os números, certamente. Também, estou melhorando a pronuncia da minha língua nativa, e, papai está me ajudando com o Inglês. Pode parecer muita coisa, para uma garotinha tão novinha, mas eu fiz questão de aprender tudinho. Mas, mamãe diz que devo apenas brincar por enquanto e papai concorda plenamente. Então, depois de algumas horas e minutos do café, eu estou aqui.
Bem-vindo ao meu Escritório! Sim! Eu fiz questão de chamar esse cantinho de escritório. Se mamãe e papai têm um, por que eu não posso ter um também? Bem, eu posso e tenho! Aqui é o meu cantinho preferido. Tem as mais variadas coisas e principalmente os mais variados livros, que são as minhas paixões! Eu ganho um livro por semana do papai e consigo termina-lo em uma noite, já que é mamãe quem lê para mim, antes de dormirmos. Papai gosta de me dar livros com histórias fantásticas e desenhos coloridos. Eu fico tão ansiosa para o próximo domingo chegar!* Mas, depois de ler cada livro, eu vivencio sua história aqui no meu Escritório. Isso, também, se eu gostar muito. O que em 99% dos casos acontece. Por isso não sou TÃO torturada pela minha ansiedade de ganhar outra história.
Hoje, porém, não vou vivenciar a história do livro. Eu quero ficar mais quietinha.
Sento-me no sofá, junto das almofadas de variadas formas e de cores verde, branca e azul. Estava já na mão, com o meu unicórnio cor de rosa com rabo e chifre branco. Sim. Era com ele que ia brincar. Brincar com o meu unicórnio. Depois de alguns minutos, eu desci do sofá e sentei-me no tapete. Deixei meu unicórnio amado de lado por poucos segundos, apenas para poder pegar a caixinha com outros animaizinhos na gaveta azul.
São tão mágicas as coisas que passam na minha cabeça. Eu viajo para lugares e mundos que são totalmente meus.
Cada animalzinho tem a sua personalidade, sua voz, seus sentimentos, seu nome. Cada com sua timidez e com a sua forma de se comunicar com o mundo a sua volta. Alguns felizes, outros tristes, sentindo-se solitários, ou sentindo-se sufocados. Cada um com sua trama. E cada trama com o seu final perfeito.
Eu não sou mais Lucille Tissot Frontin. Eu sou todos esses animaizinhos, e, cada um com uma pequenininha parcela do que eu sou.
Nossa história começa no Reino de Boenos. Um reino maravilhoso! Todos vivem juntos e cada um com seu espaço, sua tarefa e obrigação. A música é o evento mais especial. No jantar, todos se unem e cantam ás mais belas músicas. Mas, também, há músicas tristes, pois cada animalzinho está sujeito a isso. E, músicas são coisas que parecem lhe compreender, compreender aquele momento ou sentimento que está sendo vivido. No final, o mais Velho e Sábio Castor, dá um conselho para todos e o silêncio prevalece por alguns bons minutos, onde é posta a reflexão. Todos organizam em silêncio e antes de dormir tem as histórias fantásticas para as crianças e jovens médios animaizinhos. Os adolescentes conversam entre si seus assuntos mesquinhos e engraçados. Os adultos trabalham, outros dormem, outros são amados, outros sofrem em silêncio. Tudo faz parte do pacote de vida. Na manhã, o café é animado. Depois, na tarde, as crianças médicas, jovens médios e adolescentes vão ao aprendizado. Os adultos trabalham. Ao entardecer tem as obrigações e tarefas de todos e voltamos novamente ao jantar... A rotina é algo que pode enjoar, mas não se reclama, pois foi você quem a construiu.
E assim, você pode imaginar um pouquinho do que eu estou brincando. Que brincadeira séria não? Mas, já fui avisada que a vida não é tão fácil como os finais das histórias dos meus livros. Mas, posso tentar faze-las ficarem parecidas.
Eu não estou perto de um relógio. Mas, parece que brinquei demasiadamente e estou me sentindo cansada e com sono.
Larguei todos os animaizinhos no tapete e fui até o sofá, onde me deite e dormi rapidamente.
Eu estava tão cansada que não me lembro de estar sonhando com alguma coisa, mas provavelmente estou e deve ser algo bom...

* Domingo é o dia da semana em que Lucy sempre ganha um livro novo de seu pai.

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Intérieur de la salle...

et pensées, peut-être.

Eu realmente aprecio a vontade imensa de aprender da Lucille. Mas, talvez sinta tanto medo de não ser uma boa mãe. Sinto tanto medo de pular alguma fase importante para a vida, formação da minha filha. Tenho 50 % de certeza que não posso ser a única mulher, mãe que não sinta isso.
“Chega Lucy! Agora é hora de brincar. Tem hora para tudo.”. Disse tomada por esse medo. “Vá brincar no seu cantinho um pouquinho. Vá se divertir meu amor.”. “Escritório mamãe.”. Recebi como resposta e apenas sorri. “Certo. Mas, apenas se divirta sem pensar no estudo. Pelo menos não agora”. “Tudo bem mamãe. Eu amo você.”. Ouvir essa última frase é muito gostoso. Principalmente, quando vem de uma criaturinha que você carregou durante nove meses, e, mesmo com todo o sofrimento, você agradece e ama mais que tudo.
Fiz até minhas obrigações como dona de casa com certo prazer e alegria.
Já eram 10h54min quando percebi que Lucille estava muito quietinha. Não é normal. Ela normalmente fica pouquíssimo tempo brincando e já vem lhe pedir um beijo, um abraço ou até mesmo colo. Não pensei que algo ruim estivesse acontecido. Embora, minha mente me disse isso. Eu apenas a ignorei e sorri indo preocupado e mantendo-me calma até o Cantinho/Escritório Tissot Frontin Kid.
Meu coração que tão pouco acelerava, agora batia calmo ao ver minha pequena dormindo no sofá. Eu abri um sorriso quando principalmente, vi as miniaturas de animaizinhos espalhados pelo tapete.
Olhei no relógio ao meu pulso. Agora, 10h57min.
Começo a pensar no que fazer para o almoço ás 11h00min e começo ás 11h30min. Paul vem almoçar 12h00min e estamos reunidos à mesa ás 12h34min.
E claro. Lucille sempre faz questão de me ajudar com o que pode na cozinha. Ela adora observar e sente o maior prazer em me alcançar o que preciso e o que ela consegue alcançar. Eu gosto de sua companhia. Mesmo, no fundo não gostando de ajuda na cozinha.
Fui andando com cuidado até o tapete e recolhi os brinquedos em silêncio. Os guardando novamente na gaveta azul.
Andei até Lucille com cuidado e me abaixei na altura de seu ouvido.
_ Lucy. – Disse sem omitir som.
Estava com medo de ela acordar assustada. Meu coração até acelerou e eu senti um mal estar. Respirei fundo e tentei novamente.
_ Lucy, meu amor. Acorda. – Sorri ao ver a careta e os olhos piscarem fechados. _ Vamos minha pequena. Levante.
Coloquei as mãos em seu pescoço e Lucille sorriu se contorcendo. Abri um sorriso e tomei iniciativa, fazendo cócegas. Deixei-a implorar para eu parar enquanto ao mesmo tempo ria e se contorcia.
_ Hora de fazer o papa! – Disse rindo...    

"" Falas no Passado.
"" Falas no Passado de Judeth.
"" Falas no Passado de Lucille
Falas no Presente de Judeth.
Narração em visão de Judeth.

® Credits to Lux

Andrentro la porte ...

Le rêve et le réveil avec un chatouillement, s'il vous plaît arrêtez pas maman!

Não sei como explicar. Agora me veio à lembrança vaga, imagens e momentos meio esbranquiçados. Momentos bons que eu já havia presenciado.
Então, apertei os olhos, ouvindo uma voz muito familiar.
Eu acordei.
Senti mãos geladas e delicadas tocarem a minha pele do pescoço e um calafrio veio-me na espinha. Porém, sorri e de automático comecei a me contorcer desesperada.
_ Não, por favor, pare mamãe! – Implorei algumas vezes, enquanto me contorcia e ria ao mesmo tempo. Aquilo é algo muito apavorante, agonizante.
Mamãe parou depois de alguns minutos de tortura. Ela ria. Então, sorrindo, ela me informa que era a hora do que eu mais gosto, planejar e preparar o almoço.
Sentei no sofá, onde estávamos, e controlando a respiração pude sorrir para ela.
_ Certo. Mas, tenho que guardar meus... – Parei a frase, olhando o tapete e reparando que meus animaizinhos não estavam mais onde havia deixado antes.  
_ Mãe! – Disse brava.
_ Era minha obrigação guardar a minha bagunça! – Protestei e ela apenas deu de ombros.
_ Vou perdoa-la, mas não faça isso novamente. – Sorri.
_ Eu te amo mamãe. – Declarei pulando em seu colo.
Mamãe ficou com os olhos brilhosos, ela mantinha seu lindo sorriso e acariciou meus cabelos...

Observação: Desculpe a demora, coisas de colégio.    

® Credits to Lux